Sobre o Amor

Tu, que estás a ler este simples texto que te escrevo.
Tudo na vida tem um sentido único e particular.
Nós pensamos que não, mas o caminho da vida, de
certa forma está desenhado. Podemos alterar o rumo,
melhorar o caminho, mas todas as experiências pelo
qual passaste, essa acumulação de experiências de vida, de sentimentos e de amor, prepara-te para aquilo que tanto esperas e queres.

Se alguém , pelo qual tu pensas que sempre esperaste
pela tua vida, o meu conselho é que não desistas. Se
pensares bem, tiveste provavelmente, como a maioria
das pessoas, altos e baixos no que concerne ao coração.

Provavelmente sofreste muito. Choraste ainda mais.
Sentiste um vazio que se tornava maior com o passar dos dias. Se calhar, tiveste relações fugazes, que em vez de preencherem esse espaço, causaram ainda maior estrago.

Tudo isso é preparação. Para te tornar mais forte. Para
te sentires ainda mais capaz.

Quando o “click” acontece, acontece quando menos se
espera. Não é algo que consigas prever de alguma forma, ou que consigas controlar ou até criar de uma maneira artificial.

Simplesmente acontece.

E quando acontece, todas as dores que tomaste como
eternas, parecem ligeiras picadas, porque ao respirares
o amor, tudo magicamente se encaixa como duas peças que esperavam há muito.

Isto pode acontecer.
Isso vai ser real.

Não podes precipitar. Não podes baixar a guarda.
Podes pensar que descrevo neste texto, é de facto
fácil. Mas tu sabes que não o é. Mas digo-te, que
a espera tem o seu valor e sentido.

Tempo e Felicidade

O tempo é tudo. Ele passa e nem damos por ele. A felicidade também, e esta pode surgir num detalhe. Esse detalhe pode derivar de uma opinião. Se levarmos tempo a fazer essa opção, então perdemos a preciosidade do tempo por fazer essa mesma opção e por demorar a lá chegar. Escolhas são uma parte fundamental da vida. Fazemos escolhas todos os dias, em todos os instantes. Não deveremos arrepender das escolhas. Nem perder tempo a examinar as mesmas. Devemos é valorizar as boas escolhas que nos deram memórias felizes. E acima de tudo, que não se demore uma eternidade a tomar uma decisão.

Renascer

Nascer e Saber. Amar para querer
Não quero ter medo. Nem sentir receio

E libertar-me. Quero tudo novamente
Jurar solenemente. Que irei amar ardente

Sentir a sensação de amor quente. Rejeito a solidão

Não te ouço coração. Aquele quadro de desolação

Que me dá uma terrível contemplação. É tempo de renascer

Para voltar a viver. Do coração abrir
Ter atitude de agir. Confiar mais

Chorar menos. Abrir-me mais
Fechar-me menos. Tudo o que foi

A mim já não me doí. Não sou um ninguém
Para ti provavelmente. Já serei alguém. Eu já me achei

Contigo a meu lado. Os sentimentos encontrarei
Ao fundo da questão irei. Sinto a alma pasma

Tão calada. Silenciada
Talvez abstracta. Talvez seja tempo de oportunidade

Abandonar o tempo de calamidade. E deixar encher o corpo desta imensidão
Largar a escuridão. Renascer. Ser feliz e aprender

Encontrar esta metade quebrada. Junto caminharmos ao som de uma balada.

Aquela estrela brilhante.

Vivemos num pequeno planeta, na imensidão escura do universo. Quantos somos? Uns 7 biliões de seres humanos. Tão diferentes e tão distintos, na sua diversificação.

Ao contrário do antigamente, em que as ideias, ideais e noticias circulavam muito lentamente, perdia-se muito na enormosidade que este mundo.

Hoje em dia, existe meios para falares com alguém da Austrália ou da Índia, há quem se apaixone, como por magia.

O amor existe, mas não da forma como era antes, já não há romances como antes, porque no antigamente havia compromissos fortes e duradouros, com uma ligação afectiva que se desenvolvia de uma forma natural e clara.

Não era um amor descartável. Não era uma paixão artificial. Era algo para além, da forte magnitude do pulsar do coração. A imaginação era de uma simplicidade que tocava a emoção mais purificada que já não se encontra hoje

Amor de verdade, daquele que se sente mesmo, que te provoca todas as reacções químicas possíveis, quantas vezes encontras na vida, em pleno século XXI?

No século em que todos se conhecem, mas poucos se dão a conhecer. Onde há tanta superficialidade e tanto interesse?

Mas ele existe. Não é um sonho de uma noite de verão. Tem de haver sorte e circunstâncias para encontrar. Muito trabalho para manter. Actos de coragem para confiar.

Mas quero que me digas. Com toda a sinceridade.

Se a vida corre bem, é fácil quando tudo flui num sentido único da felicidade.

Mas quando não correr? Quando o desemprego atinge, vai dar apoio para superar a frustração?

Quando o inesperado acontece, e a saúde falha, vai zelar por ti como se parte da vida estivesse a desvanecer? Quando corre mal no trabalho, vai ajudar-te a tolerar a dor, o stress, ou a falta de motivação?

Em tudo o que falei, o caminho é para os dois lados. Porque todas as opções vão dando para diferentes caminhos.

Mas se tens esse alguém, que se mantém de forma imperturbável em teu redor, estima, como se tratasse da maior estrela que existe no céu mais estrelado de sempre. Mas trata como uma estrela que brilhasse
todas as noites e não como uma estrela cadente que vai de passagem.

Senão tiveres, não desesperes. Respira fundo. Não lutes contra a ansiedade. Tudo vem de dentro para fora. E o reflexo irá proporcionar um momento certo definido pelo destino.

No Amor, a qualidade prevalece sobre a quantidade.

Há quem pense ainda, que o amor é de certa forma, o número de mensagens enviadas na ausência, ou as rápidas chamadas ao telemóvel durante o período do trabalho, para sinalizar de certa forma que lá estamos.
Ou até pensam que as fotos publicadas no Facebook ou Instagram podem transmitir visualmente a quantidade de amor que um casal pode transmitir. Como se o amor e a paixão vivessem numa redoma preenchida de um turbilhão de sentimentos positivos de sorrisos intermináveis. O amor não é somente essa faceta de mostrar a terceiros que estamos bem, mesmo quando isso não acontece. O amor não tem pausas, não tem paragens, existe sempre numa espécie de luta e conquista quase diária.

A vida é quem testa o amor. Com as suas complexidades e obstáculos. O amor arranja sempre maneira de te dar ou retirar a razão, de te fazer relembrar as vezes o que já tinhas aprendido e que por um motivo esqueceste com o tempo, mas sem teres apagado do coração. E nesse momento, mesmo sem querer, magoas com uma palavra mal calculada. Não é a palavra que te qualifica, mas sim a intenção. Não somos perfeitos nesses instantes, mas podemos ser quase perfeitos a definir a reacção.

Porque quem ama reconhece. Quem ama perdoa. E quem ama tudo faz. O amor
tem de saber de certa forma perdoar, ao invés de julgar indiscriminadamente. O amor é um sentimento que é impermanente, porque ele evolui das mais variadas formas com a passagem do círculo do tempo. É um acto de estrondosa coragem dizer a alguém, neste mundo de espelhos e ilusões, de uma forma sincera, que se ama outra pessoa.

Mas o amor, nunca será uma prisão. O que mantém o amor é a ligação que une. E nunca poderemos ter essa ligação por garantida. É algo que se cultiva. Mesmo sabendo que pode ficar ou partir. Com o amor, nos despimos de tudo. De preconceitos, de orgulho, da uma qualquer parva arrogância, e de uma vã tentativa de vaidade pessoal, que não pode coexistir na mesma atmosfera. O mais complicado será provavelmente as amarras, mas até essas, com a profundidade de um amor que vai para além das barreiras do que é visível, ultrapassam-se com maior ou menor dificuldade, porque quando é para ser, sentir e existir, não há nada que um amor verdadeiro não cure.

Quando tens liberdade de ser, sem deixar que as penumbras da mente te perturbem, sabes que essa doce e encantada liberdade é sem dúvida, uma das maiores conquistas que o ser humano poderá ter. E em todas estas linhas que escrevi, senti na minha mente, uma música de harmonia, um coração cheio de palavras sentidas e a visão de que escrever é também querer passar para outros, tudo aquilo que se sente.

Mais que um simples blog.

Mais que um blog, espero que seja um espaço onde possa partilhar os textos que são todos originais da minha parte, que irão poderão ou não ser incluídos no manuscrito daquele que será o meu primeiro livro, que actualmente já tem pouco mais de uma centena de páginas, e que ainda não se encontra fechado. O estilo imprimido nos textos, é basicamente o mesmo que tenho sempre feito desde da altura que comecei a escrever, ( obviamente tendo algumas evoluções derivadas da experiência de vida adquirida), aos 16 anos. Espero que seja do agrado geral !